A freguesia ostenta uma serie de construções notáveis pelo seu valor patrimonial. Entre construções civis e de carácter religioso, nos perdemos embevecidos pela monumentalidade da freguesia. Mas não só pela mão dos homens se verifica o valor do património palmeirense. A riqueza paisagística natural é também evidente junto ao Rio Cávado ou nos verdejantes campos e regatos que a nossa freguesia ainda conserva. Ficam aqui alguns registos do património edificado da freguesia, esperando que este seja, em qualquer momento, objecto de uma aprazível visita.

Igreja Paroquial

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Trata-se de uma construção iniciada em 1895 e, após duas fases de construção, concluída em 1930. As suas obras resultam fundamentalmente da transformação de uma ermida setecentista num novo templo.

 A igreja actual é um templo amplo, de altiva e formosa traça que privilegia a verticalidade harmonizando-se com o cabeço onde se encontra implantado. A frontaria de revestimento azulejar em tom azul divide-se em três tramos, rematando o central num coroamento sobreelevado, em forma de torre sineira. Ao centro, no cimo da porta desenha-se um arco que envolve a pequena imagem pétrea da padroeira Nossa Senhora da Purificação. Com o mesmo recorte, se apresentam os três vitrais com fundo gradeado localizados na parte superior do templo, mostrando-se a dimensão do central mais avantajado. Sobre este vitral está num plano superior o relógio que separa a torre do restante corpo do edifício.

Este templo apresenta a particularidade de ter incrustado através de um projecto elaborado pelo arquitecto Ernst Korrodi em 1929 no seu alçado norte a frontaria da anterior capela de tipologia barroca. Este aspecto remete-nos para uma fusão de estilos arquitectónicos tão ao gosto daquele arquitecto.

Capela do Senhor dos Milagres

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Foi construída em terrenos da família Amorim Barbosa na segunda metade do século XIX. Apresenta um traçado circunflexo neoclássico com dois vitrais condizentes e até aos nossos dias foi sujeita a várias remodelações que permitiram a sua amplificação bem como significativos arranjos exteriores.

Capela de Santo Estêvão 

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Esta pequena ermida foi trasladada do Lugar das Pardelhas junto ao Penadouro, ainda no século XIX, para antigos terrenos privados da família Peixoto do Rêgo. Mais tarde tornou-se local de devoção pública. Trata-se de um edifício de sóbria traça oitocentista de revestimento azulejar que apresenta uma portaria lisa, duas pequenas janelas laterais e um janelão central de considerável dimensão a condizer com a frontaria.

Cruzeiro do Assento

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O Cruzeiro localizado na Rua do Assento foi concluído no ano de 1838. Ficava próximo da antiga Igreja Paroquial demolida a partir de 1895. Possui quatro séries de degraus. Tem inscrito na face voltada para a estrada: “FOI FEITO A CUSTA DOS BEIFEITORES. ANO 1838.

Alminhas e Nichos

  • Nicho do Sr. do Rio
    É constituído por um crucifixo que se venerava na margem esquerda do rio Cávado. Estando sujeito a constantes inundações, foi transferido a expensas da família Amorim na segunda metade do século XIX para o lado direito da Capela do Senhor dos Milagres. Encontra-se abrigado por um alpendre vocacionado para a contemplação e a oração a Jesus pregado na cruz.
  • Nicho de Santo António de Pitancinhos
    Integra uma estruturapredial no Lugar de pitancinhos onde supostamente seria um pequeno oratório. A sua configuração remete-nos para uma arquitectura barroca setecentista. É constituído pela estátua de Santo António com o menino, incrustada numa concavidade sob forma de concha e protegido por umas grades de ferro.
  • Santo António no Lugar da Verdasca
  • S. Francisco no Lugar da Portela (data de 1730)
  • Calheiros
    Alminhas do Cardoso no Lugar do Carreiro

Construções civis

Ponte de Prado

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É uma construção quinhentista classificada como monumento nacional em 1910. Liga Palmeira ao Concelho de Vila Verde integrando a EN 205.
Em termos arquitectónicos é uma infraestrutura de tabuleiro em cavalete pouco pronunciado. Este assenta sobre nove arcos de volta perfeita, de tamanho crescente no sentido do seu centro, e os três maiores ligeiramente apontados, em cantaria, com pregões cegos e oito possantes talhamares de forma triangular reforçados a jusante por outros tantos talhantes de forma poligonal. O talhante colocado à esquerda do arco central eleva-se até ao nível do pavimento da ponte formando um recanto rectangular onde se edificaram, em posição frontal, duas estruturas comemorativas da construção da obra.

Ponte do Bico

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É uma infraestrutura construída durante o Fontismo entre 1863 e 1867. A ponte ficou assim conhecida por se encontrar na desembocadura do rio Homem e o rio Cávado, no local secularmente conhecido por “Vau do Bico”. Permitiu a ligação neste local entre os concelhos de Braga, Amares e Vila Verde. Apresenta oito arcos de pleno cintro, robustíssimos, reforçados por talhamares cilíndricos.

Chafariz da Ponte do Bico

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Situa-se na Avenida do Cávado, no lado direito em direcção à ponte que lhe empresta o nome. Encontra-se actualmente classificado pelo IGESPAR. Está implantado num espaço desnivelado junto á fachada superior, num espaço semicircular com banco em toda a volta. É um monumento público mandado construir pela Câmara Municipal em 1879. A água canalizada para o chafariz provém de nascente subterrânea localizada a Sul desta infra-estrutura e servia fundamentalmente para uso doméstico ou para consumir no local pelas pessoas ou animais. Junto ao chafariz existiam uns tanques, construídos à sua retaguarda, que eram usados pela população para as mais diversas finalidades domésticas.
É constituído por granito, tubos de água em cobre e alguns acessórios em ferro formando uma “estrutura autoportante de cantaria com aparelho isódomo”.

Palácio D. Chica

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É um edifício apalaçado situado na Avenida do Cávado a cerca de 2 Km do centro de Braga. Possui características predominantes de um romantismo arquitectónico tardio. Foi projectado pelo conhecido arquitecto Ernst Korrodi e a sua construção iniciou-se em 1915. Todavia, devido a variadas interrupções só foi concluído em 1991.
Encontra-se em vias de classificação, tendo sido homologado como imóvel de Interesse Público por despacho de 20 de Fevereiro de 1985.

Quinta do Paço ou Quinta dos Ingleses

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Situa-se na rua da Marginal, é uma moradia de origem eclesiástica e aristocrática de meados do século XVIII. Provavelmente o seu projecto foi delineado por um arquitecto italiano e mandada construir pelo Reverendo António de Alvarenga Peixoto, abade de S. Eulália de Sande.
D. José de Bragança, filho do rei D. Pedro II e irmão bastardo de D. João V, que ocupou a cadeira arquiepiscopal de Braga entre 1741 e 1756, comprou-a a este eclesiástico durante o seu episcopado. O prelado instalava-se principalmente na Quinta nos meses de Verão.

Casa do Portelo

casa do portelo II

Situa-se entre a rua dos Agricultores e a rua de Vilarinho. É uma moradia de origem aristocrática e cujas origens geneológicas remontam a José António de Sousa de Carvalho, responsável pela construção da pedra de armas. Este senhor foi casado com Mariana Antónia Barbosa da Cunha. Deste casamento nasceu, em 1785, António José de Sousa da Cunha que foi alferes militar do regimento de Braga, fidalgo de cota de armas e proprietário da Casa da Orge em Maximinos.

Casa de Coucinheiro

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Esta moradia situa-se na Rua do Senhor dos Milagres. Antes da actual existia uma outra casa construída no século XVII que fora destruída por um incêndio. A primeira casa fora provavelmente mandada construir pelo Capitão-mor da Vila de Prado, Leonardo Esteves de Amorim Cerqueira Barbosa. Pensa-se que a actual pedra de armas, pertencia já à anterior, tendo sido então mandada esculpir pelo Capitão Cerqueira Barbosa.

Casa da Arrifana de Cima

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Esta residência de construção setecentista localiza-se na Rua do Carregal e foi outrora pertença de João Ferreira Chaves, tenente das milícias durante o Cerco do Porto em 1832. Durante décadas a casa foi residência da família Ferreira Chaves.

"Campo da Aviação"

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Esta infra-estrutura situa-se numa extensa área paralela à rua do Carregal. A sua construção era uma aspiração antiga das elites bracarenses, já que outras cidades menos desenvolvidas do país possuíam o seu campo de aviação.

A sua construção foi então iniciada em 16 de Setembro de 1927 num local anteriormente ocupado por bouças e campos de cultivo. O estudo topográfico do local foi realizado por uma comissão dois oficiais aviadores da aeronáutica militar composta pelo tenente-coronel Cifka Duarte e o Major Ramos. Concluída a sua construção dois anos depois, o campo tornou-se espaço de manobras da então formada “Sociedade do Campo de Aviação Bracarense” por um grupo de entusiastas da actividade aeronáutica.

A Cerimónia de inauguração do aeródromo em 1929 ficou assinalada pela aterragem de um avião Junker F-13, pilotado pelo Capitão Amado da Cunha.

Fonte: GOMES, João, "Palmeira Revisitada", Edição da Junta de Freguesia de Palmeira. No prelo

 

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